História de Marabá


História de Marabá
Sua fundação aconteceu em 5 de abril de 1913.

O povoamento da bacia do Itacaiúnas tem na formação do município um papel importante, porque apesar dessa região ter sido explorada pelos portugueses ainda no século XVI, permaneceu sem ocupação definitiva durante quase 300 anos. Somente a partir de 1892 é que, de fato, o espaço foi ocupado por colonizadores.
Os primeiros a participarem da formação do povoado de Marabá, no final do século XIX (1892), foram chefes políticos foragidos de guerrilhas que tinham como palco o norte de Goiás, mais precisamente a cidade de Boa Vista.
O pioneiro Carlos Gomes Leitão, acompanhado de seus familiares e auxiliares de trabalho, deslocou-se para o sudeste do Pará, estabelecendo seu primeiro acampamento em localidade situada em terras margeadas pela confluência dos rios Tocantins e Itacaiúnas. Fixando-se em definitivo, depois de um ano de observações, na margem esquerda do Tocantins, cerca de 10 km rio abaixo do outro acampamento, em local a que denominou Burgo. Do ponto em que se instalara começou a abrir caminho mata a dentro a procura de campos naturais que servissem para criação de bovinos. Em uma dessas incursões, um de seus trabalhadores desferiu um tiro casual em certa árvore ate então desconhecida, cujo tiro fê-la derramar em abundancia um liquido leitoso, que, certo tempo após tocar o solo, coagulou-se espontaneamente.
Em 1894, o imigrante goiano segue para a capital da província para ter reunião com o então presidente do Grão-Pará, José Paes de Carvalho, a quem solicitou colaboração, visto a necessidade de se colonizar o Sul da província, tendo sido contemplado com 6 contos de reis em dinheiro e estoque de medicamentos que seriam particularmente empregados no combate à malária e outras doenças tropicais. Conseguido seu intento de ajuda e por terem os testes do leite vegetal endurecido comprovado que se tratara de legítima borracha de caucho, Leitão, de volta ao Burgo, difundiu a informação a todos da pequena colônia. No ano seguinte começavam a chegar as primeiras levas de pessoal para extração do caucho.
O Maranhense e comerciante Francisco Coelho da Silva teria sido um dos primeiros a estabelecer-se no local, entre os rios Tocantins e Itacaiúnas. O objetivo era negociar com os extratores de Caucho, que passando pela foz do rio Itacaiúnas, subiam o rio Tocantins. Os registros atribuem a Francisco Coelho o nome da cidade. Ele teria instalado no local uma casa comercial -casa Marabá- cujo nome era uma homenagem ao poeta Gonçalves Dias.
Desse entreposto comercial, onde o "Itacaiúnas desaguando no Tocantins, apertando uma faixa de terra em forma de península", surgia a cidade de Marabá. Por isso em Homenagem ao seu fundador, o nome oficial do bairro popularmente conhecido como "Cabelo seco" é Francisco Coelho.
Criado em 27 de fevereiro de 1913 por reivindicação da comunidade marabaense, o município só foi instalado formalmente em 5 de abril do mesmo ano, data que passou a ser comemorada como seu aniversário e só recebeu o título de cidade em 27 de outubro de 1923, através da lei 2207.
O primeiro Intendente Municipal, cargo à época correspondente ao de prefeito, foi o Coronel Antonio da Rocha Maia, escolhido e nomeado na data de cerimônia de instalação.
As frentes migratórias para a região de Marabá, a partir de meados da década de 20, destinavam-se especialmente, a extração e a comercialização de castanha-do-pará e, desde os fins dos anos 30, no garaimpo de diamante nos pedrais do rio Tocantins. A cidade recebia imigrantes vindos de várias regiões do Brasil, principalmente da Bahia, Ceará, Piaui, Goiás, Paraíba, Maranhão, mas também imigrantes Libaneses, constituíndo uma camada importante na sociedade local.
Em 1929, a cidade já se encontra iluminada por uma usina à lenha e em 17 de novembro de 1935 o primeiro avião pousa no aeroporto recém inaugurado na cidade. Nesse período, a cidade era composta por 450 casas e 1500 habitantes fixos.
Com a abertura da PA-70, em 1969, Marabá é ligada à rodovia Belém-Brasília. A implantação de infra-estrutura rodoviária fez parte da estratégia do governo federal de integrar a região ao resto do país. Além disso o plano de colonização agrícola oficial, a intalação de canteiros de obras, especialmente a construção da barragem de Tucuruí e a implantação do projeto Grande Carajás, a descoberta da mina de ouro de Serra Pelada, aceleraram e dinamizaram as migrações para Marabá nas décadas de 70 e 80.
Em 1970, o município foi declarado Área de Segurança Nacional(Decreto-lei nº 1.131, de 30 de outubro de 1970), condição que perdurou até o fim da ditadura militar em 1985. Além da região ser estratégica para a política de integração, ela foi o ambiente da Guerrilha do Araguaia, resultando numa presença ostensiva das tropas do Exército Brasileiro, a cidade era uma das bases de operações das tropas Federais. Também em 1970 foi criado o PIN(Programa de Integração Nacional) que, dentre outras medidas, previa a construção da rodovia Transamazônica, cujo primeiro techo foi inaugurado em 1971, juntamente com a criação de um posto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(INCRA) em Marabá.
Em 1980 a cidade é assolada pela maior enchente da sua história. Já restaurada, em 1988 dá início aos preparativos para a instalação de indústrias siderúrgicas, para produção de ferro-gusa, negócio que veio trazer grandes benefícios e expansão para o município.
A população do município aumentou significativamente e em meados de 1998 o número de habitantes fixos alcançava 157.884. Sempre nesse processo de crescimento é que no ano seguinte, a cidade, se firmou como a sede de grandes eventos de repercussão nacional: MARALUAR, EXPOAMA, FEIRARTE e FICAM.
Atualmente a população marabaense está em torno de 214.949 habitantes, segundo estimativas do IBGE 2009, e o crescimento dessa estimativa e inevitável, já que a cidade está em processo de desenvolvimento acelerado e recebe muitas pessoas vindas de outras localidades.


Nome da cidade
A denominação Marabá tem origem indígena e significa filho do prisioneiro ou estrangeiro, ou ainda o filho da índia com o branco.
Um poema escrito por Gonçalves Dias inspirou Francisco Coelho, que denominou o seu armazém de aviamento, situado na confluência dos rios Tocantins/Itacaiúnas. O armazém, na verdade um grande barracão, servia aos pioneiros de todo tipo de secos e molhados. Lá, segundo a tradição, Coelho comprava o caucho coletado, andiroba, copaíba, frutos da mata, caças diversas e, nos fundos mantinha um animado cabaré, com a venda de bebibas e mulheres que ele mesmo mandava vir do extremo leste da amazonia.
Localização
Marabá encontra-se entre dois grandes rios, Itacaiúnas e Tocantins. Vista de cima, o núcleo da Velha Marabá tem o formato de “Y”.
Localizada no Sudeste Paraense está entre o limite das cidades Itupiranga, Jacundá e Rondon do Pará ao Norte, São Geraldo do Araguaia, Curionópolis, Parauapebas e São Félix do Xingu ao Sul, Bom Jesus do Tocantins e São João do Araguaia ao Leste e Senador José Porfírio ao Oeste do estado. A distância que separa Marabá, da capital Belém é de 485 km .
Acessos à cidade:
Vindo da Região Centro-Oeste
Rodovia Belém–Brasília até Guaraí-TO, de Guaraí até a cidade de Conceição do Araguaia-PA e de Conceição do Araguaia até Marabá – todo trecho com a estrada asfaltada. Ainda existem algumas pontes de madeira que requerem cuidados (PA–150);
Rodovia Belém–Brasília até Araguaína-TO, de Araguaína até Xambioá-TO, passagem sobre o rio Araguaia em balsa. Do outro lado do rio Araguaia, de São Geraldo do Araguaia-PA até o entroncamento com a Rodovia Transamazônica, dobrando para Oeste e seguindo até Marabá por asfalto novo. Essa é, atualmente, a melhor opção .
Rodovia Belém–Brasília até Imperatriz-MA, cruza o Rio Tocantins de balsa, segue até a próxima travessia de balsa sobre o rio Araguaia, na Cidade de Araguatins, cerca de 20 km de estrada de terra e segue pela Rodovia Transamazônica (asfaltada) até Marabá.
Rodovia Belém–Brasília, até Dom Eliseu-PA (74Km após Açailândia-MA), segue a Oeste até Marabá por trecho pavimentada, na BR 222;
Vindo da Região Nordeste
BR-222, entre Fortaleza e Teresina; BR-316, entre Teresina e Santa Inês, no Maranhão, (antes de Bacabal, sugere-se pegar o desvio Caxuxa-São Mateus do Maranhão-Matões do Norte-Arari-Vitória do Mearim-Bela Vista do Maranhão-Santa Inês, tendo em vista a situação precária do trecho). A partir de Santa Inês, pega a BR-222 até Açailândia, toma-se a direção Norte pela BR-010 até Dom Elizeu. Segue a BR-222, no sentido Oeste, até Marabá (PA). Essa é a melhor opção.
A partir de Açailândia-MA, pode, também, pegar a BR-010 até Imperatriz-MA, cruza o Rio Tocantins de balsa, segue até a próxima travessia de balsa sobre o rio Araguaia, na Cidade de Araguatins, cerca de 20 km de estrada de terra e daí pela Rodovia Transamazônica (asfaltada) até Marabá. Essa é a opção mais curta e também boa em período de estiagem.
A partir de Belém-PA, pela PA-150 na direção de Marabá. Segue as cidades Moju, Tailândia, Goianésia, Jacundá, Nova Ipixuna e Marabá. Estrada pavimentada. Distância de aproximadamente 580 km.
Demografia
Marabá, cidade em constante expansão, que com sua área de 15.092,268 km²,sua expansão se define pela divisão da cidade por causa dos rios tocantins e itacaiunas, a cidade fica com aspecto de ser espalhada. e também recebe pessoas oriundas de outros estados e as acolhe como filhos da terra.
Estima-se que nesta cidade residam em torno de 196.468 habitantes, divididos em 98.998 homens e 97.470 mulheres, de acordo com pesquisas do IBGE em 2007, porém o Ministério da Saúde aumenta esse número em 10% quando são repassados recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para a cidade, elevando-o para 205.549 moradores. Uma população bastante miscigenada, praticamente todos os Estados brasileiros estão representados em Marabá, com maior volume de maranhenses, goianos, tocantinenses e piauienses, mas baianos,mineiros, gaúchos, paulistas e pernambucanos também vieram tentar a sorte e acabaram fixando moradia no município.
Política
O município de Marabá faz parte da mesoregião do Sudeste Paraense e da microrregião de Marabá. A microrregião de Marabá tinha uma população estimada em 2006 pelo IBGE em 259.514 habitantes e está dividida em cinco municípios, que além de Marabá tem: Brejo Grande do Araguaia, Palestina do Pará, São João do Araguaia, e São Domingos do Araguaia.
A cidade também é o principal centro de decisões políticas na região do sul e sudeste do Pará. Sediando orgãos como as superintendências reginais do INCRA, FUNAI/FUNASA, da Receita Federal, as sedes da AMAT Carajás e CISAT, as delegacias regionais da Polícia Federal, da Polícia Civil e do Ministério do Trabalho, além de diversos outos orgãos regionais .
No que tange ao número de eleitores, nas últimas eleições ocorridas, em 2008, estimava-se que 122.472 estariam aptas a levar seu voto até as urnas municipais. Possui uma área total de 19.936,305 km².


Subdivisões
A cidade divide-se em cinco núcleos urbanos distintos:
  • Núcleo Marabá Pioneira ou Velha Marabá localizada as margens dos rios;
  • Núcleo Cidade Nova, onde se situa o aeroporto;
  • Núcleo Nova Marabá onde os bairros recebem o nome de folhas numeradas;
  • Núcleo São Felix(pioneiro, I, II, III, IV), situados depois da ponte sobre o rio Tocantins;
  • Núcleo Morada Nova, a 20 km de Marabá;
E núcleos rurais importantes como: vila Santa Fé, vila Trindade, vila União e vila Capristano de Abreu.
Economia
O município de Marabá vivenciou vários ciclos econômicos. Até o início da década de 80 a economia era baseada no extrativismo vegetal. No início o extrativismo girava em torno do látex do caucho, cuja lucrativa exploração atraiu grande número de nordestinos. Desde o fim do século XIX(1892) até o final da década de 40, o extrativismo foi marcado pelo ciclo da borracha que contribuiu sobremaneira para a economia do Município e da região, porém, a crise da borracha levou o município a um novo ciclo, desta vez, o ciclo da Castanha-do-Pará, que liderou por anos a economia municipal. Houve também o ciclo dos diamantes, nas décadas de 20 e 40, que eram principalmente econtrados às margens do rio Tocantins. Com o despontamento da Serra Pelada e por situar-se na maior província mineral do mundo, Marabá também viveu o ciclo dos garimpos, que teve como destaque maior, a extração do ouro.
Desde o início da década de 70 o município passou a vivenciar a instalação do Projeto Grande Carajás, e posteriormaente de Indústrias siderúrgicas. Através da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará – CDI, foi instalado no final da década de oitenta, numa área de 1.300 hectares, o Distrito Industrial de Marabá – DIM, para criar a base de um pólo siderúrgico visando o minério de ferro de Carajás, explorado pela Vale.
As indústrias Siderúrgicas e a intensa atividade pecuária, foram responsáveis por uma grande devastação ambiental na região. A atividade industrial das siderúrgicas exige grande quantidade de carvão, que leva a uma grande devastação da floresta nativa. Em consequencia da pressão da opinião pública as indústrias foram obrigadas a modificar seu modelo de produção, investindo em reflorestamento e produção de carvão através do coco da palmeira babaçu, que consiste na quima do fruto.
Hoje, Marabá é o centro econômico e administrativo de uma vasta região da “fronteira agrícola amazônica”, a cidade tem um dos crescimentos econômicos mais expressivos do país registrando taxas, muitas vezes superiores a 20%. Este fato levou a cidade a multiplicar seu Produto, mas em contrapartida sua população não vem sendo beneficiada com a mesma regularidade, os indicadores sociais ainda estão muito distantes do ideal.
Além, de contar com mais de 200 indústrias, sendo a siderurgia (ferro-gusa) a mais importante. Em segundo lugar está a indústria madeireira e a fabricação de telhas e tijolos. Outras vertentes trabalhadas são os produtos extrativos da pesca, seguidos da lavoura e pecuária, este último, com destaque para a qualidade do rebanho, sendo um dos mais expressivos rebanhos bovinos do Estado, resultado advindo do uso de tecnologia de ponta na seleção e fertilização.
O setor de comércio e serviços também tem sua parcela de contribuição. Marabá conta com aproximadamente 5 mil estabelecimentos divididos entre comércio formado por micros, pequenas, médias e grandes empresas e serviços Hospitalares, Financeiros, Educacionais, de Construção Civil e de Serviços Públicos.
A economia da cidade também conta com a produção de manganês e com a Agroindústria. Em Marabá, a Agroindústria trabalha com processamento de polpas, farinha de mandioca, beneficiamento de arroz, leite e palmito.
Recentemente iniciou-se um novo ciclo na cidade com a instalação de aciarias ,formando um futuro polo metalúrgico, para a produção de chapas de Aço, bobinas de Aço etc. O "projeto Aline" um desdobramento da "Alpa"(aços laminados do Pará),que está em construção deve gerar em torno de 15 mil empregos diretos e 15 mil indiretos, alem da aciaria já instalada Sinobras. Com este projeto virá também a construção de um novo porto, de mais uma hidrelétrica no rio Tocantins a, UHE Marabá, e do gasoduto Açailândia-Marabá, que pretende tornar limpa a matriz energética do polo industrial de Marabá.
Turismo
Marabá, recanto de belezas naturais. Margeada por dois grandes rios, Itacaiúnas e Tocantins, traz um ar de cidade interiorana, mas, oferece grandes possibilidades a quem reside e para visitantes.
Praia do Tucunaré
Uma das melhores opções durante o verão paraense, a Praia do Tucunaré é o ponto turístico mais visitados da cidade. Emergente da vazante do rio Tocantins, logo após o período das chuvas a praia ocupa uma extensão de aproximadamente 5 km², sendo que três quartos são de areia fina e um quarto de formação vegetal. Situada em frente ao núcleo da Marabá Pioneira, as areias da ilha começam a ser avistadas em meados de abril, mas é na alta estação do verão, em julho, que a procura é maior, tornando-a a atração principal. A praia proporciona aos veranistas, práticas de esportes náuticos e de areia, camping, pesca esportiva, além de diversas atrações promovidas pela Prefeitura Municipal. Ao longo da praia fica disposta uma grande quantidade de barracas que oferecem aos visitantes uma infinidade de bebidas e pratos, entre eles, a carne de sol e o Tucunaré frito.
Praia do Geladinho
Localizada no bairro São Félix, surge também no verão com a queda do nível das águas do rio Tocantins. Sua beleza natural ganha um toque especial com a visão da ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, construída pela Vale, para escoamento do minério extraído da Serra dos Carajás.
Igreja de São Félix de Valois
Foi a primeira capela construída em Marabá, como pagamento de uma promessa feita por Francisco Acácio à Virgem de Nazaré, na década de 20. A primeira construção foi destruída pela cheia de 1926 e outra igreja foi erguida no mesmo local. É o primeiro patrimônio histórico do município, tombado a 5 de abril de 1993. Localiza-se na Praça São Félix, na Marabá Pioneira.
Palacete Augusto Dias
Sede do Poder Legislativo foi construída na década de 30 para servir à Prefeitura, à Câmara Municipal e ao Fórum.
Museu Municipal de Marabá
O Museu Municipa está instalado na Fundação Casa da Cultura e abrange os seguintes setores:
Setor de Antropologia: O Setor de Antropologia do Museu Municipal de Marabá foi criado em 1984 com a Casa da Cultura de Marabá, tendo O GEM – Grupo Espeleológico de Marabá realizado grande parte da coleta dos materiais existentes no setor. No início haviam apenas 112 peças, no entanto hoje existem mais de 4.000 artefatos, que se distribuem em: Artesanato Indígena, Artesanato Regional, Filatelia, Numismática, Casa do Castanheiro e Quadros das Lendas Regionais. A preservação e a divulgação da cultura são as principais preocupações do setor de Antropologia que vem cuidadosamente estudando, resgatando e preservando as raízes. O acervo do Setor conta com aproximadamente 2.300 peças entre o artesanato regional e peças de interesse histórico. No setor há também venda de artesanato regional.
O Grupo Espeleológico de Marabá, foi fundado em 8 de agosto de 1989, com o objetivo de descobrir, explorar, documentar e preservar as cavidades geológicas naturais, cachoeiras e estruturas miniformes da região. Durante os anos de atuação, o Grupo fez importantes descobertas, principalmente na Serra das Andorinhas, no município de São Geraldo do Araguaia-PA, onde explorou e documentou em conjunto com a Fundação Casa da Cultura de Marabá e Fundação Serra das Andorinhas, até o ano de 2000, muitas cavidades, cachoeiras e sítios arqueológicos. Setor de Botânica: Suas atividades se baseiam na coleta e sistematização, para estudo e exposição do potencial florístico regional. O acervo do setor é formado por 1.500 amostras de plantas exóticas, principalmente orquídeas, amostras de fungos, além de mostras de plantas com uso medicinal. O Setor desenvolve pesquisas na Serra das Andorinhas, Paleo Canal do Tocantins e Serra de Buritirama. Assim como apóia as atividades da SOM (Sociedade de Orquidófilos de Marabá) e é responsável pela manutenção do orquidário Margaret Mee que atualmente conta com várias espécies de orquídeas da região para apreciação pública. Foram registradas 94 espécies de orchidaceae distribuídos em 50 gêneros. O gênero com maior número de representantes é o Epidrendum com 11 espécies.
Setor de Geologia: As atividades desenvolvidas por este setor são diversificadas, abrangendo trabalhos de campo, análise, classificação, registro, acondicionamento de rochas e minerais, elaboração de exposições temporárias e permanentes. O acervo é de, aproximadamente, 700 amostras de rochas e minerais da região. Até o presente momento, o setor nomeou e plotou no mapa da área de pesquisa 33 lagos, onde destacam-se o Lago Preto, que é o maior e mais profundo da área, e o lago do Deserto, que é o mais largo. Setor de Arqueologia: O Núcleo Arqueológico de Marabá desenvolve atividades de estudos relativos a vestígios das populações pré-históricas da região. Possuem um acervo constituído de peças de cerâmicas, objetos líticos (objetos elaborados em rocha), informações sobre sítios arqueológicos (locais de habitação de grupos pré-históricos), além de reprodução de inscrições rupestres. Tem atualmente 220 sítios arqueológicos descobertos e mapeados, 1229 peças líticas, 4.289 cerâmicas, 5.500 figuras rupestres documentadas e 258 materiais orgânicos. O setor tem o apoio e orientação do Museu Paraense Emílio Goeldi, em relação ao treinamento dos técnicos e identificação do material, através de convênio.
Setor de Zoologia: Iniciou suas atividades em 1984, com o empréstimo da coleção de 224 vertebrados e 2 mil invertebrados coletados na região, pertencentes ao biólogo Noé Von Atzingen. Hoje dispõe de um acervo bastante ampliado. Foram identificados até o momento 281 espécies de vertebrados assim divididos:
  • 173 aves, entre ela uma chamada Guraruba.
  • 27 mamíferos, sendo que cinco espécies constam na lista dos animais ameaçados de extinção do IBAMA: macaco-prego, macaco cuxiu, cachorro-do-mato, gato-maracajá-pequeno e onça parda
  • 18 répteis: 07 répteis-squarnata; 06 répteis-ophidia; 03 répteis-chelonia e 1 jacaré-açú.
  • 63 peixes: 03 anuros.
Cultura
Lendas e mitos
Em Marabá são várias as manifestações do imaginário popular quanto a seres lendários ou mitológicos, que mantêm acesa a chama da herança cultural marabaense, passada de geração em geração. Entre elas destacam-se as lendas:
  • O Boto;
  • A Boiuna;
  • Mãe D'Água;
  • Nego D'Água;
  • Martinha Pereira;
  • Porca Bobs.
Culinária
A cozinha paraense é muito genuína, não possui influências européias ou africanas. Os elementos encontrados na região formam a base de seus pratos. Os nomes dos pratos são tão exóticos quanto seu sabor, já que são de origem indígena. A culinária marabaense se distingue um pouco da culinária paraense, mas tem muitos elementos desta, principalmente pelo fato de que todo o Estado tem influencia indígena neste ponto. Porém, em Marabá, alguns pratos se sobressaem em relação ao resto do Pará, tanto por fator cultural quanto por fator étnico. Um exemplo disso é que o povoamento teve participação ativa de maranhenses, baianos, mineiros, piaienses, goianos e sírio-libaneses que trouxeram para cá seus costumes e seus tipos de comida. Entre as principais iguarias da culinária local destacam-se:
  • Maniçoba;
  • Suco natural de Guaraná da Amazônia;
  • Pão de Castanha do Pará;
  • Tucunaré frito na manteiga;
  • Pato no tucupi;
  • Tacacá,
entre outros que não são da culinária local mas que se integraram a cultura da população: Pão de queijo, Coalhada, Vatapá, Esfinha, Cuzcuz, Moqueca de Tucunaré.
Música
Devido a intensa migração, ter trazido brasileiros de todas as partes para a cidade, a cultura local diferenciou-se da cultura tradicional paraense, inclusive na música. É possível observar preferências pelos gêneros: sertanejo, forró, reggae, samba, pop rock, axé e o brega que é estilo musical predominante no Pará. Esta mistura de ritmos confirma assim a tendência de miscigenação cultural que tem esta cidade.
Festas populares
Festas Juninas
No mês de junho, Marabá busca preservar as tradições ao comemorar os festejos juninos. A Secretaria Municipal de Cultura abre inscrições para os grupos de bois-bumbá, quadrilhas roceiras e alegóricas, que fazem o espetáculo maior desta festa caipira. Tradicionalmente a festa acontece na Praça São Félix, mas foi inovado em 1999, com apresentações em outros núcleos da cidade, com desfiles dos participantes na Av. Antônio Maia, em direção ao Arraial da Praça, onde se encontram montadas barracas de comidas típicas e bebidas, padronizadas e confeccionadas pela Secretaria de Obras, completando o sucesso da festa.
Boi-Bumbá
O boi-bumbá, um dos patrimônios culturais da região, é organizado pela comunidade para simbolizar o clamor daquele povo em prol da preservação ambiental. Suas apresentações ocorrem durante a quadra junina e em ocasiões especiais, como feiras e festivais.
Festejo de São Félix de Valois
São Félix de Valois é o Padroeiro de Marabá. Todos os anos, uma festa é feita em sua homenagem. Durante dez dias, na praça da primeira igreja erguida na cidade acontecem quermesses com música ao vivo, comidas típicas, bingos, leilões entre outras opções.
A procissão que complementa as homenagens ao padroeiro acontece no dia 20 de novembro e percorre as ruas da Marabá Pioneira.
Eventos
A cidade de Marabá sedia inúmeros eventos de repercussão nacional tais como:
Ficam – Feira da Indústria, Comércio e Arte de Marabá
Em 1992, o SEBRAE, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Marabá – ACIM realizou a 1ª FICAM no ginásio do SESI, objetivando divulgar as empresas do município e contou com a participação de empresas de outras regiões e estados para expor uma maior variedade de produtos e serviços. Durante o período da feira, que acontece no mês de setembro, há shows com atrações regionais e nacionais, ações promocionais em estandes de empresas e praça de alimentação oferecendo comidas típicas. Cerca de 60 mil visitantes passam pelo evento.
Feirarte – Feira de Arte e Artesanato de Marabá
Teve início em novembro de 1997 e ocupou espaço no calendário de eventos da cidade. Tem como objetivo comercializar e divulgar os produtos artesanais e das artes do município e região, que fazem a grande atração da feira com exposição de quadros, esculturas, pinturas em tecido e porcelana, artesanato em palha, vime, couro, madeira, vidro, gesso, barro, bordados em crochê e tapeçaria. A feira, que acontece em novembro, é promovida pela Prefeitura Municipal.
Expoama
A Exposição Agropecuária de Marabá (EXPOAMA) acontece no Parque de Exposições de Marabá e tem início sempre na primeira semana de julho. É um dos eventos mais prestigiados da cidade. Atrações artísticas a nível nacional, como duplas sertanejas, bandas de axé e de pop rock se apresentam na festa. Um evento que oferece grandes oportunidades de negócios e de divulgação do trabalho de empresas dos mais diversos segmentos. Semanas antes de sua abertura, as maiores fazendas e estabelecimentos comerciais organizam equipes para uma cavalgada que se inicia logo ao raiar do dia e acaba sendo uma abertura simbólica dessa grande festa. A cada ano novos investidores apresentam seus produtos e serviços durante a exposição. A Expoama já ganhou notoriedade em todo o Brasil ao mostrar as excepcionais condições que a maior cidade do sul e sudeste do Pará oferece para implantação de novos negócios. Assim como a possibilidade de investimentos no agronegócio, o foco principal. A estrutura mantém um dos melhores tatersais para leilões e exposições do país e oferece também áreas especificamente reservadas para expositores.


Maraluar
O Maraluar é uma das maiores atrações do verão marabaense. Trata-se de um lual que ocorre na Praia do Tucunaré, onde todos os participantes se vestem ao estilo havaiano. O ingresso da festa dá direito à travessia de barco, que dura aproximadamente 10 minutos. O Maraluar é animado por bandas que se revezam desde o início da festa, às 11 da noite até o raiar do sol do dia seguinte. Centenas de turistas são atraídos de outros lugares para esse evento.
Etimologia
A etimologia da palavra “Marabá” é de um termo indígena - como tantas outras que conhecemos por denominar rios, povoações, relevos e cidades do Estado do Pará - e significa filho do prisioneiro ou estrangeiro ou ainda, fruto da índia com o branco.



TURISMO
Principais Pontos Turísticos
Rio Itacaiúnas
Rio que nasce na Serra da Seringa, Estado do Pará, e é formado pela junção de dois rios, os das Águas Preta e o Azul. Desemboca na margem esquerda do Rio Tocantins, próximos a cidade de Marabá
Rio Tocantins
É um dos maios importantes rios do Brasil e, junto com o Rio Araguaia, forma a maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro com uma área superior a 800.000 Km²
Rio Aquiri
Afluente do Rio Itacaiúnas
Praia do Geladinho
Praia do Rio Tocantins que aparece na época da seca
Praia do Tucunaré
Praia do Rio Tocantins que aparece na época da seca, possui águas limpas. É a mais frequentada pela população.
Praia do Meio
Praia do Rio Tocantins que aparece na época seca
Praça do Pescador
Praça à beira do Rio Tocantins, abriga diversos bares
Praça Osório Pinheiro
Praça à beira do Rio Tocantins, abriga diversos bares

 
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